Mais vale a lágrima da derrota, do que a vergonha de não ter lutado. (Bob Marley)

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

LIVRO: AVALIANDO EMPRESAS/INVESTINDO EM AÇÕES ( PRIMEIRA PARTE)







      Olá colegas do mundo dos investimentos, farei uma resenha desse livro que acabei de ler, dividirei em duas partes para não ficar muito massante, achei o livro interessante para quem não  tem nenhum contato com o mercado de ações,  trata-se de um bom livro de introdução no mundo dos investimentos.
     Segundo os autores,  o investidor inteligente sempre deverá manter-se atento ás melhores oportunidades de entrada e saída.
    No capítulo 1 fala da importância dos indicadores macroeconômicos como índices de inflação, taxa de juros, câmbio, risco país, PIB, gastos do governo, balança de pagamentos, dívida externa.
      O capitulo 2 é muito interessante, pois fala das características dos setores das empresas, vamos lá:

Imobiliário:: setor sensível a taxas de juros, e politica monetária, recursos da poupança, nesse setor segundo o livro devemos ficar atento ao fluxo de caixa das empresas, verificar o estoque de terrenos da empresa.

Aeronaves: grandes fatores de risco, sensível a acidentes e crises do petróleo, risco regulatório, crescimento econômico e aumento de renda da população.

Transporte e logística: depende do nível de atividade econômica, do investimento governamental em infra estrutura, extremamente regulado pelo governo.

Siderurgia e de Mineração: dependente da Taxa de crescimento da economia, principalmente dos países do BRIC.

Papel e celulose: impulsionado pelo crescimento dos países em desenvolvimento, setor sensível a variação cambial, preço do petróleo interfere nas perspectivas dos negócios também.

Concessão rodoviária: O tráfego de veículos está diretamente relacionado ao preço do combustível e também  pelo crescimento econômico que impulsiona a venda de veículos.

Telecomunicações: Impulsionado pelo crescimento da economia e do consumo, como fator de risco o excesso de competitividade que pode impactar nas margens, além de ser um setor altamente regulado pelo governo.

Energia: reage as perspectivas da economia, as principais empresas do setor estão em um alto grau de maturidade, não necessitando de muitos investimentos, sendo portanto um setor defensivo com bons pagamentos de dividendos, merece acompanhar o fator demanda versus oferta.

Alimentos: impulsionado pela distribuição de renda, reage ao sobe e desce do valor das commodities agrícolas, variação cambial, fatores de sucesso são a internacionalização e a diversificação de produtos.

Educação: setor promissor em razão da baixa escolaridade da população, no entanto o setor depende de um cenário macro econômico positivo com crescimento da demanda por profissionais formados.

Financeiro: Fatores como crescimento da economia, taxa de juros baixa e inflação controlada promovem aumento da receita com produtos de crédito como financiamentos e empréstimos, o maior fator de risco é o regulatório pelo governo através do banco central.


     No capitulo 3, trata da divulgação dos dados da empresa, onde achar no site da Bovespa e por aí vai...

    Gostei muito dos capítulos seguintes 4,5,6 e 7 que trata do balanço patrimonial e  estudo de indicadores.

    No capitulo 4, por exemplo fala do patrimônio líquido, que representa o capital próprio da empresa, ou seja a diferença entre ativos e passivos, composto de capital próprio, reservas de capital, lucros ou prejuízos acumulados, reservas para proventos não distribuídos.

    No capítulo 7 trata de diversos indicadores de balanço, os dois que achei mais interessantes  foram;

Liquidez corrente:  LC: Ativo circulante
                                       Passivo circulante
   Segundo os autores, representa quanto a empresa possui em relação a cada unidade monetária que deve no mesmo período, Por exemplo, se LC for igual a 0,80, significa que para cada R$ 1,00 de dívida, a empresa já possui R$ 0,80. O valor ideal para esse indicador é que seja sempre maior que 1.

Índice de Independência financeira (IF)   Patrimônio líquido* 100
                                                                   Ativo total

  O objetivo desse indicador é demonstrar o quanto dos investimentos em ativo da empresa é suportado pelo próprio patrimônio, quanto maior for a participação de terceiros nos investimentos da empresa, menor será independência em relação a eles, a situação ideal seria que a empresa apresentasse um pequeno grau de dependência em relação a terceiros.
    Na próxima semana publico a resenha da outra parte!



3 comentários:

  1. Olá Beto,

    Que bela resenha.
    Sobre liquidez corrente, no pequeno comércio se a relação não for pelo menos 1:1 já era.
    Já na indústria os caras conseguem viver por anos e anos quebrados e mesmo assim não fecham as portas. Vai entender.
    Abraço

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  2. Gostei da resenha, sobretudo os dados do cap. 2
    Quem são os autores?

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    Respostas
    1. Investidor Besta, o livro foi escrito por Carlos Alberto Debastiani, que já escreveu dois livros sobre análise técnica de ações, para suprir a limitação do autor em análise fundamentalista, ele convidou Felipe Augusto Russo, pós graduado em mercado financeiro, investidor de longa data com foco em análise fundamentalista.

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